domingo, 29 de janeiro de 2012

Cadência


Dorme, querida,
o justo sono.
Enquanto dormes
quero que fiques
imperturbável.

Eu no meu canto
de susto em pranto
vou recolhendo
certa alegria.

Teu ressonar
embala em voo
meus pensamentos.

Se és feliz
nestas tormentas
eu me afogo
noutras marés.

Por mil caminhos,
meu anjo amado,
vê se resolves
os teus problemas
enquanto eu velo
quieta - descrente
destas estrelas
em vão cadentes -
os teus desejos
inacessíveis.



* Poema do livro Instantâneos, tópico Revés.

Amor e cérebro.

O que fazer para melhorar o cérebro?

Opinião do neurocirurgião Dr.Paulo Niemeyer Filho:

"Vc. tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto."

Mesmo que futuramente descubram que não é somente isso, a opinião do doutor Paulo parece fazer sentido.

Duas mulheres muito queridas em minha vida esclerosaram do dia para a noite quando o marido morreu.


Então, meninas, não tenham como único interesse o seu amor, antes tenham muitos interesses que mantenham esse amor Único.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Do que o mundo precisa




“O mundo precisa de poesia”, afirmou a baiana mais antiga entre os Novos.


Também acho..., também acho.






E precisa decoro, dignidade...




Ih... Tanta coisa faz falta ao mundo!






De poesia o Chico (o Buarque de Hollanda, irmão da ministra da cultura e amigo íntimo de Maria Bethânia) entende: “Não existe pecado do lado de baixo do Equador”, ele disse.



Concordo e acrescento que, na minha humilde opinião, por aqui talvez não exista nem do lado de cima, e muito menos sobre o Equador.

E o Chico, que de poesia entende, cantou: “Quando é lição de esculacho, olha aí, sai de baixo, eu sou professor”.

Professores?

Pois é...

Há tantos no Brasil circulando por aí, incógnitos e mal pagos. Mas o assunto hoje não é sobre professor, embora seja sobre cultura.

E, porque poesia é preciso, o Chico canta: “Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor... “




Vamos!

Responderam os amigos.

E Maria Bethânia decidiu: “o mundo precisa de poesia”, em blog.

Não convém julgar, vai ver que quando ela escolheu o título não havia encontrado nenhum blog de poesia...

Vai ver não sabe usar as ferramentas de busca da internet.

Já que citamos a conhecida irmã de Caetano Veloso, acho que todo mundo soube que o Ministério da Cultura autorizou Bethânia a captar um milhão e trezentos mil reais para criar o blog: “O Mundo precisa de Poesia”.

Fiquei pensando...

Puxa! Quanto será que os meus amigos blogueiros gastaram pra fazer seus blogs?

Será que apelaram para o Ministério da Cultura, ou ganharam na loteria?

Não importa... Um milhão e trezentos mil!


Um milhão e trezentos mil... Alguém já viu isso numa notinha em cima da outra?

Pouca gente.

Banqueiros talvez...

Pra se ter uma ideia: é mais ou menos o mesmo dinheiro que a prefeitura daqui retirou do orçamento da secretaria de cultura de Araçatuba para este ano inteiro (em relação à dotação orçamentaria do ano passado).

Um milhão, e mais uma terça parte, é quase a metade do que haveria pra incentivar a cultura deste município por doze meses!

Um milhão e um terço, por aqui?

Meu Deus!





Que festa para as crianças da Fanfarra Municipal, do Ballet Municipal, do projeto Guri e o espaço de que necessitam.

Que alegria para o pessoal da música de raiz, da seresta, da MPB.

Quanto incentivo daria aos artistas plásticos, audiovisuais, compositores, e agremiações populares.

Quanta manutenção para a única paupérrima biblioteca municipal, para o teatro municipal restante que caindo aos pedaços

ainda consegue receber algum público e espetáculo, quanta renovação para os discretos museus e para outros tímidos e incipientes patrimônios públicos, como o espaço da estação ferroviária, os quais, de camarote, vemos entregues, sem opção, ao desmanche silencioso sob a chuva intermitente do descaso e ao sabor da corrosiva poeira dos anos de maus tratos ao sul do Equador... 

Nem só em Araçatuba. Mas Pai: tem piedade desta nossa população carente de aculturar-se junto ao seu município; destes artistas nascidos sem recurso, mas plenos de vocação inevitável; destas crianças cujos talentos se perdem no desamparo das políticas públicas...

Perdão, Senhor, por mais esta desajeitada oração.

Não que Maria Bethânia não mereça um blog caprichado, não que Ana de Hollanda peque sobre o Equador, nem que o esculacho de Chico nos dê um tapa na face a nos lembrar que ele mesmo cantou “Amanhã há de ser outro dia”...

Ah, Senhor, tem piedade daqueles que querem crer no melhor que as pessoas têm para oferecer e vê-las florescer sem vender o melhor que há em si.

Curiosidades:

* Crônica antiga que publiquei na FR.

* Estamos agora em 2012, Ana continua lá. Circula mail afirmando que Gil diz que a Cultura precisa de uma revolução fantástica. Ele pode falar, já teve a faca na mão. Fez algo? Agora sobrou-lhe só o gargo, pra espetar o outro.

* Tão antiga esta crônica que Dilma está indo para Cuba, onde NÃO vai discutir Direitos Humanos. Dizem que isso por lá não é urgente.

* Talvez vá aprender mais alguma coisa de como se faz para se permancer absoluto destruindo um país inteiro.

Entre dúvidas e... certezas(?)


O problema não são as dúvidas, mas as certezas.

Enquanto damos aos políticos o benefício da dúvida, eles seguem na certeza da impunidade.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CRIAS DA MÃE GENTIL

Seriam tantas as línguas indignadas, ou dígitos, a não perceber que sol não se tapa com peneira?





“Mas, hein”?, diria mártir Pedro (o enxovalhado Bial).




O que faz a ciência quando quer estudar comportamentos?




Coloca o objeto de estudo em pequenas colônias, em condições ideais, para proliferação e/ou reprodução, enquanto avalia a evolução.



A diferença entre o BBB e outras caixinhas de organismos vivos é que na “casa mais assistida do país” não se põem vírus, bactérias, ou animais irracionais.


O microscópio agora é telinha, instrumento de avaliação da espécie humana (que pressupomos racional).






O programa, que muita gente sabe censurar, mas poucos admitem ter visto, sofre as mesmas críticas há anos. E o resultado da raivosa enxurrada de impropérios é o aumento da visibilidade e números do IBOPE.




Cada um no seu quadrado, mas qual o fascínio que gerou quase 150 mil pautas antes mesmo do início programa?

Por que a raiva se volta para o apresentador que, só faz cumprir o dever de contratado, independente do que a rede televisiva lhe designe queira Pedro carregar, ou não, a pedra?

Por que o “namoro”, que aconteceu em várias edições anteriores, dessa vez gerou mais indignação? Por que só o comportamento do rapaz foi inadequado?


Por acaso uma moça se alcoolizar até perder a consciência e ficar à mercê da própria leviandade é algo super adequado?

Há razões que a razão desconhece, ou seria o tal edredom mais um esconderijo da hipocrisia?



Circula por aí um cordel vexatório que se diz educativo e transforma em trapos o conhecido Bial. Mas sabemos que quem educa, ou é educado, não humilha quem quer que seja.




De que vale jogar nas costas do programa nossas culpas?

Afinal, na telinha estão brasileiros!


Como não ser exemplo de Brasil se o comportamento que exibem é pura reprodução, aceita sem castigo, por onde quer que o álcool circule livremente?

Bial não inventou o comportamento desregrado.

Ignorar que o programa é retrato não torna o jornalista culpado por nossas mazelas. Afinal, “Reality” é um “Show de Realidade”, mesmo sendo um triste espetáculo.


Longe de defender o programa, reconheço: o problema maior é o excesso de álcool que, ao perder a qualidade de agradável hábito social, é transformado em fuga coletiva por uma juventude sem propósitos.

Dali às drogas...

Nada parece satisfazer a sociedade que atinge liberdades e bem-estar nunca antes alcançados.


A indústria do entretenimento cresce, o egocentrismo sobra, o núcleo familiar e a conduta ética e moral perdem prestígio, enquanto a satisfação dos desejos da carne para ir de encontro à felicidade imediata vai sendo incentivada.

Sim, não criamos nada. Tais coisas são consequências dos tempos fáceis.

Outras civilizações, chegando ao apogeu que sua época permitia, somente desfrutaram do trabalho árduo de antepassados.

A sequência foi desconstruir-se rumo ao próprio extermínio.


Solução?

Começar de novo com regras rígidas, privações e trabalho próximo do insano.

Pena não aprendermos com experiências passadas.

O ideal?

Usufruir sem abuso para manter o conquistado.

Mas, se continuarmos a achar que programas de televisão são os responsáveis pela destruição da sociedade


e não o puro reflexo do que já acontece, teremos forças para nos salvar?


BBB 12...


“Mas, hein?”.


Por que a indignação nacional não se atira sobre a ganância escarnecedora e desclassificada de alguns?

Por quê não nos corrigimos para que o espelho possa exibir a realidade que afirmamos querer?

Raciocinamos aqui sobre os porcos?

Ah, a redundância da aparência.

Eu falava justamente de nossas flores...




Não incomoda saber por que essas tão dispostas vozes não gastam tempo a adubar jardins, podar daninhas, e entoar um “Brado Retumbante”?


Curiosidades:

* Cada movimento (orquestrado) de perseguição televisiva dá aos políticos
mais uma chave para abrir as portas da censura.

* A censura é um monstro que principia por calar o pior, mas deseja calar o melhor que há no Brasil.

* Publicado na Folha da Região em 29 de Janeiro de 2012, coluna Tête-à-tête

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dos objetivos e objetos


Devaneios podem criar caminhos possíveis para o querer; já o querer é obrigação, pura insistência em existir; e sonhos, numa palavra realista, são quaisquer objetivos que se queira alcançar.



Qualquer desejo poderá ser submetido a uma programação pessoal, racional ou emocional, controlada ou descontrolada, que poderá nos levar à nossa meta. Tudo na vida passa pelo estágio de ser um objetivo. E os há de toda sorte e qualidade: necessidade de sobrevivência, carências físicas, querenças carnais, ânsias mentais, sofreguidões materiais, ardências espirituais, vontades descartáveis.




Hoje satisfazer-se o mais rápido possível sobrepõe-se à escolha do melhor método.


Entenda-se por método "do bem" aquele que não prejudicaria terceiros, e por "do mal" o que não mediria consequências (Ui! Que me doerá a saudade do trema!).


Mimados e imediatistas somos a geração que mais tem acesso ao conforto, desde a criação do mundo, e a que mais alcança ganhos sem mérito.


Por absoluta falta de autoridade paterna (alguns chamam de preguiça), jovens de toda classe roubam, agridem autoridades (seja em salas de aula ou campos de futebol), arrastam e matam criancinhas, enquanto idosos, de vários países, partidos e credos, impunemente as devoram.




Mas... Esqueçamos os excessos; se deputados federais, preocupados em locupletar-se com dinheiro público na farra das viagens, não estão nem aí para a infância e juventude desviada, há quem, polemicamente, dê um grito de alerta.



O juiz Evandro Pelarin, de Fernandópolis, ao coibir menores infratores, e proteger outros tantos de agressões e abusos, com um simples toque de recolher, demonstra, no mínimo, que paternidade consciente seria antídoto suficiente para muitos problemas.




Nesses tempos autoamimados o perigo da lei do menor esforço é a facilidade com que o objetivo pode ser transformado em veleidade, inclusive filhos e amores. É o querer que, depois de adquirido, pode passar a ser coisa obsoleta, artigo de compra e venda, alvo conquistado rebaixado a não mais do que mero objeto do desejo de nossas vontades saciadas.



Curiosidades:

* Este antigo artigo, publicado na Folha da Região em 20/05/2009, tem qualquer coisa do outro que sairá no próximo domingo (30 de janeiro de 2012). A graça está no fato de que, algumas horas após ter enviado o novo artigo para o jornal, encontrei este, de quase 3 anos na net, por mero acaso.

* Espero que não seja prova de falta de assunto, mas sim de que mesmo estando disposta a trabalhar pela escrita na tentativa de mudar comportamentos e o meu pensamento, o mundo "ainda" não mudou.

Metabolismo












O médico me disse: "Seu metabolismo não funciona!".






Sei lá...






Se a meta for mesmo o bolismo, o trem vai de vento em popa!

O que soma assomará

"A virtude e o saber são o apanágio do homem íntegro e perfeito (...) O termo virtude designa a disposição constante e habitual do homem para a prática do bem"



Quantas pessoas você conhece que agem da forma descrita acima a ponto de escrever um livro que fale somente sobre as virtudes?



Almir Bodstein é exemplo deste tipo (em extinção?) de ser humano.

Força moral e erudição. Ah, Academia... Talvez ele não houvesse nascido ali. Não, não nasceu.. Sabe-se que nasceu em Cuiabá e se formou em Filosofia, Letras e Ciências. Mas o último lugar em que esteve por vontade própria antes de ir-se foi ali.

Existem dados. Na verdade, Almir Bodstein foi nascido no auge do Modernismo, 1922, mas em Cuiabá, longe da efervescência paulistana. Foi colaborador de jornais e revistas, poeta bissexto, autor de livros de gramática, crônicas, e de conduta de vida cristã. Lecionou português em variadas cidades e instituições Salesianas, e ainda latim e outras matérias "acidentalmente", como costumava dizer.

Deixou o Seminário da Imaculada Conceição em Cuiabá para afinal casar-se com a nossa Odette Costa e sentar-se um dia, ao lado dela, nas cadeiras da Araçatubense de Letras. E quem diria que ele não havia nascido ali, ali mesmo, naquela cadeira, próxima à janela, que ocupava quando Odette ainda era viva. Aquelas paredes, sala, mesa, cadeiras, enfim toda a Associação deveu-se (muito) à ela que ao casar-se tornou-se Bodstein.

Teria o ex-seminarista se apaixonado perdidamente por Odette? Teria Odette aguardado por aquele amor tardio? Único. Do cume dos 86 anos de Almir 48 foram vividos ao lado dela. Diz-se que não tiveram filhos, mas muitos foram os afilhados de um e de outro. Houve também os desvelados, entre eles Maria Aparecida dos Santos Rovani e Vanda de Souza Carvalho.

Com a ida do Professor esfacela-se o duo-pilar da Academia. Mas há que se construir um substitutivo para a argamassa e o cimento, a espessura e o lenimento da sinfonia que o casal ali compunha.

Desde a ausência da colunista pintou-se o prédio, mudou-se a sala, trocaram-se as cadeiras, entraram novos acadêmicos, e a presença do silêncio de Almir Jorge Bodstein dominando o ambiente trazia de volta nossa Odette.

Se a partida de uns é chegada de outros, a ida sem retorno não é adeus, pois afinal, todos sabemos: acadêmicos são imortais.

De qualquer forma, professor Almir, uma última palavra: a presença do seu absoluto silêncio forte e atento assombrará sem sobressaltos ou sustos a memória daquelas paredes e o sabor das saudades sempre nos assomará.

Curiosidades:

* Odette Costa e Almir Bodstein, ambos membros fundadores da Academia Araçatubense de Letras não tendo filhos deixaram sua genética expressa em letras.

* Odette Costa foi quem insistiu que eu escrevesse algo, preferencialmente um poema. Assim, o primeiro poema foi baseado na cidade de Araçatuba, que me acolhia como uma entre os seus.

* A crônica acima foi publicada na Folha da Região em 17/06/2009

domingo, 15 de janeiro de 2012

Telemobilizou-se?





O filme “Tudo Pelo Poder” retrata bastante bem o cenário em que a política as vezes se esconde.


Demonstra que há cadeias cujos criminosos, perto de certos políticos, em termos de sexo e corrupção são ficha pequena.


Ih... Você é só falava ao telefone depois que a ficha caia? Ou é do tempo do plugue? Não? Ah, tá, seu negócio é tablete e mobilidade, né?

Já esteve perto da décima primeira praga?

É uma doença endêmica que não mata. Os doentes circulam por aí, sem desejo de cura.

A longo prazo contagia incautos que querem parecer por fora aquilo que jamais serão por dentro.























O vírus é seletivo, ataca cérebros públicos (mas nem todos, graças ao bom Deus). A ganância replica feito câncer em células e apodrece tudo que é brio, ética e moralidade.

Bom... Nem Freud deu jeito e 2012 promete mesmice entre os “contagiadores” que um dia afirmaram ser vacina.

E, enquanto “politizam” os recursos do povo sem reinvesti-los, o cidadão continua lindo.

O Araçatubense segue sorrindo.

Indo, Agricultores vão dispondo verduras e frutos vitaminados por resistência aos que cospem na mão que os alimenta.


Empresários e importantes coadjuvantes trabalham para levantar lá fora a imagem deste país que se quer erguer aos olhos do mundo.

A gastronomia se aprimora na dedicação. O comércio se aplica arriscando economias (por vezes de toda uma vida) na tentativa de fazer crescer a cidade e atrair mais crescimento.

Nos lares pais e mães se ocupam e preocupam em educar filhos para o novo e ignorado porvir.

Poetas e escritores se fazem visionários idealistas insistindo em pregar estrelas na seda da vida, sem dar atenção ao tecido esgarçado pela voracidade de alguns.


Amigos da Seresta enfeitam sonoramente as vidas de quem quiser escutar.

Aurélio Rosalino e sua encantadora esposa Maria Rosa (cujo nome prenuncia o sobrenome adquirido) mantêm melodias no ar com incríveis e valorosos amigos, em praças, quintais, rádios. Eis a magia!

Nossa acadêmica em presidência, Cidinha Baracat, permanece admirável mantendo ideais sem perder ideias de acalentar a curiosidade intelectual e literária dos moradores e amigos “escreviventes”.

Manuela Trujilio e outros muitos cantadores e compositores, na insistência de nos garantir a seiva, cedem ao vento nas folhas, mas cada qual sabendo que eixo de Figueira não se abafa pela Raiz.

O melhor historiador literário destas noroesteantes paragens, Jorge Napoleão, se adianta garimpando e espadanando em habilidade e gentilezas ímpares a gente boa que habita e/ou fundou a “Velha Senhora”.


Em 1966 Elis Regina gravava: “Poetas, seresteiros, namorados, correi / É chegada a hora de escrever e cantar / Talvez as derradeiras noites de luar (...) / Os místicos profetizando em tudo o fim do mundo...”. Hoje o descaso da desmedida ambição política faz crer no tal fim que o mundo insiste.

Gil, que subiu e desistiu do que viu, cantou: “O que será do verso sem luar?” Bem cabe a metáfora para os desvios trilhados pela cidade, mesmo sem trilhos que a atravessem.

O Mundo não vai acabar em 2012, portanto é preciso que o cidadão tenha sabedoria para controlar pragas.

Para a Cidade Sol (criança em ambições e idosa na mágoa pela traição de escolhidos que não lhe foram gratos) é preciso que todo candidato entenda o desejo da comunidade: Muna-se de vergonha e coragem.


Enfrente o sistema.

Não se venda aos de mais poder, ou se submeta às forças movediças do populacho interesseiro.

Os verdadeiros cidadãos, os construtores de possibilidades, esses que põem as mãos na massa do pão, do tijolo, da terra, esses querem ampliadas as melodias das noites enluaradas, e as brisas suaves que merecem.

Querem tudo lindo, sorrindo, e indo pelo caminho do bem, feito canção e luz. Pelo ar. Plugou? Desculpe: Telemobilizou-se?

Desejo que... (2)

Desejo que seus dias sejam plenos dos sabores dos frutos no outono, odores das mais floridas primavera, sopros quentes conquistando as liberdades do veräo, e dos calores das lareiras acesas em salas no aconchego do inverno.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Camarões e Lulas



Pescadores da região de Araçatuba foram autuados por usar iscas de camarão... Que sorte têm outros... As iscas feitas de Lula ninguem nota...

(obs: notem que a isca posiciona-se à esquerda das apropriadas palavras)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012