quinta-feira, 19 de julho de 2012
O BEIJO
Esta
que tanto lutou,
pela vida tida,
para ser querida,
aqui se reconhece
e sabe que fez pouco,
ou a estas horas
se escancararia
o centro do absurdo
inimaginável
de por todos ver-se
como preferida.
Não,
não culpa a ninguém
além da vil figura
em que foi nascida
a própria pessoa,
o esqueleto aflito
que de si destoa,
e quer muito amar.
Amar, ser amada,
só que descombina
dessa maioria,
que rodeia sinas
tão sem espelhá-la,
e a quem seus conselhos,
a qualquer que seja,
permita agradar.
Não, não, nunca!
Nunca se duvide:
a ninguém na vida
ela vai culpar.
Sabe que o preciso
é mudar de ciso,
e trazer um tino
por qual todo humano
quer só ser igual.
Mesmo assim
estranha...,
onde apenas ela
é tão diferente
de toda essa gente
de sabedoria?
Pois antepassados
não a ensinaram,
que ainda que alguém
se sirva de bandeja,
se for um bicudo
a beijar o outro
é que não se beija?
Cecilia Ferreira
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Um poema que refaz todo um conceito de vida segundo regras e normas preformuladas. Excelente!
ResponderExcluirBj. Célia.
Adoro esses seus comentários, Célia! Bjnhs
ExcluirAdoro essa Cecília: essa, especialmente. É aquela que transborda vida, a que se esquece um pouco da política e da miséria humana e volta um pouco o olhar sobre si mesma...sua lindaaaaaaaaa!
ResponderExcluirBeijo querida.
Os poemas costumam ser mais sociais, e as crônicas mais políticas. Embora, claro, sempre se possa fazer algo inverso!
ExcluirBjks, queridinha! Saudades de vc!
Cecilia, tudo bem? Não entendi nada, mas achei lindo seu poema. Meio louco, mas legal. Abraços. Heitor Gomes.
ResponderExcluirUm dia, no GE, vc e Mirto representam. Aí vc comprova que dois bicudos não se beijam! :) Tá, Heitor?
ExcluirLutar a vida toda para ser querida não é mesmo o ideal, mas sim, amar e solidalizar-se com os semelhantes. Só assim e compreendendo as diferenças seremos admirados e os feitos serão eternos. Parabéns Cecília por mais esta preciosidade e Feliz Dia do Amigo.
ResponderExcluirFeliz dia, amigo!
ExcluirGostei do blog... Bjão...
ResponderExcluirQue bom, Arisson, volte!
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