domingo, 11 de março de 2012
BODAS DE NÃO PARTA
Há vinte e cinco anos não te vejo
e, no entanto, o teu beijo permanece
ardendo encantos nesta face.
Não é fácil seguir em frente
sem ter a quem exibir gracinhas
e, se há muito passei da idade,
sei repeti-las, a inebriar-te,
ainda tão minhas.
Entendendo que pirulitos
não sabem ao reconhecível regaço,
insistindo admito:
o teu beijo doce me alicia
feito colo no palito.
E, nas cores, minha mãe,
do teu esforço por minhas curas,
sigo adiante como quererias.
Feita num tempo que era o teu
fui aprendiz da alegria
de saber-te a um toque de mãos,
telefones e campainhas tão certas,
que estes braços,
do teu terno abraço jamais desertos,
pensando-te terrenamente eterna,
entendem-te constante.
Assim a prata,
que na memória neva,
em assaltos de saudade comemora
o seguirmos construindo,
a despeito das vidas idas,
a nossa imprevisível enleada história
Cecilia Ferreira
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Oi, Cecília... Vidas idas, lembranças retidas pelos olhos do coração! Belo poema... saudosa relíquia! Bj. Célia.
ResponderExcluirObrigada, Célia, sua apreciação é valiosa! :) Bjnhs.
ExcluirA saudade aflora a tua sentimentalidade e o teu coração derrama os mais singelos versos no silêncio desta hora. Um terno abraço, Cecília.
ResponderExcluirDores de todos nós. Mas como não saudar o que prova que estamos vivos e fomos amados? como título de filme: a vida é bela. Os amigos também o são!
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