sábado, 25 de junho de 2011

Aromas X Perfumarias




A mulher (de novo!?) na boca do povo.

Dessa vez não para reivindicar suposta igualdade, mas para reconhecer (enfim!) a patente diferença.





Quem afirma é a ciência.


Não fosse a ciência...






É uma vez a Mulher das cavernas que precisa alimentar seus filhos e não pode deixá-los a sós à mercê dos outros animais.


Devagar consegue que o Homem, no geral o pai, os mantenha.


Fica então (o pobre) para (quase sempre) responsável por todo o provimento, enquanto a dondoca, dizem as línguas, não faz nada o dia inteiro.


Eta! Nem haviam criado o espelho e já era tempo de maledicente.




Bom... Imagino que não fosse fácil para os feminis anseios trancar-se, dia inteiro, a cuidar da casa, dos filhos, marido... (o que não fazemos pela família?).




Dá-se a melódia. H-maiúsculo conta nos dedos:

– Caverna, clava, fogueira, penca de filhos e... uma mulher! Nasce a posse, nasce o machismo. Adeus liberdade!

Se já havia imposto de renda e H. fazia censo para o Leão eu não sei, mas...




Eis a coisificação da responsável pela procriação. Nasce a mulher objeto (nasce o espelho?).


Ela, na troca, não vê que chegará ao cárcere privado.



Um dia M. crê na liberdade que a Revolução Industrial trará e (corajosa), assume (além do que já faz) uma parcela do provimento.


Quer então os direitos, já que tem as obrigações. Luz ao feminismo, pálida sombra de nossas necessidades e potencial.


Teríamos avaliado mal?

Sabíamos dessa facilidade para exercer variadas tarefas a um só tempo, mas a sobrecarga injusta vem demonstrar que a aparente independência é apenas uma partilha iníqua...

Resultado?

Hoje H. (nem todo) deixa M. cuidar da prole (quem mandou ser múltipla?) para ir atrás de outra m-minúscula que, por descomprometimento e juventude, ainda não lhe dê a tão famigerada dor de cabeça.


Vive bem, o tal H., sem uma determinada fêmea, mas não sem alguma – nem que seja mamãe.



Então, amiga que (supostamente) não trabalha, leve em conta o privilégio do seu ofício de educar filhos com bons princípios éticos e morais, companheirismo para com o homem eleito, cuidados físicos e espirituais com o lar e o cumprimento de muitas funções assumidas por vontade própria. E não admita ser menosprezada em sua abençoada diferença.




Voce já trabalha muito.

As obrigações primeiras não têm sido traídas por você em troca de liberdade.

Muito menos pela heroína que, sendo, além de tudo necessita também prover, não apenas porque são qualidades indeléveis e inerentes a toda mulher de boa índole, mas porque estas, construindo a família, constroem o mundo.



O mais?

Que toda mulher M maiúsculo faz?

Não é perfumaria!



Curiosidades:

• Esse artigo foi escrito em 14 de março de 2007 para a coluna Soletrando no jornal Folha da Região.

• Na ocasião comentava-se que “descobriram” (?!) que a medicina masculina tinha que ser diferente da feminina... (brilhante!)

• Autora: Cecilia Ferreira, machista por opção, feminina por natureza, livre da ciência e dos homens porque é de Deus.

5 comentários:

  1. Um país machista precisa muito de palavras sábias como as suas.

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  2. Bom dia Cecilia!

    Muito bom o post!Parabéns
    Verdades e constatação que de alguma forma continuamos dependentes. O que me encoraja é que eles criaram também uma dependência de nós!

    O caminho é longo para liberdade completa.

    Mais viva as mulheres que abriram caminho para nós e nossas filhas!

    Um lindo dia!

    beijos,
    Elaine

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  3. Somos interdependentes, houve época em que essa palavra deu até música! r* Talvez a solução seja relaxar e aceitar que somos muito,mas não tudo. Sem eles? Nos faltaria tanto...
    ;) Bjns

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  4. Bom dia, Cecília! Parabéns pelo belissimo e reflexivo artigo. As mulheres desde o primórdio da existência humana são exemplos dignos e marcantes de sentimentos tão sublimes que, mesmo no enfrentamento da dor, têm conseguido libertar-se de preconceitos machistas vergonhosos. Meus aplausos!

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Que bom que quis comentar. Pode esperar que logo respondo. Obrigadinha.