segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ARAPUCA

Aceito o sofrer do ego,
sôfrego prenúncio de bem-estar 
amanhã.

Não que me seja amorável 
a dor,
ou que a alegria seja por tudo 
amável
se também ela é esparrela,
véspera de picada venenosa de vespa
que, em vezes, acontecida
não imunizou.

E o imo, esse menino, 
que nunca coube em si,
se esvai em passagens que ensinam 
que se veio por partir.




Cecilia Ferreira
03/09/2012

8 comentários:

  1. Internalizei seu poema, Cecília, e emocionei-me a partir das minhas entranhas que também gerou menino e menina "...que se veio por partir..."
    Bj. Célia.

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    1. A sua leitura emociona tb. Obrigada por compartilhar sentimentos. Bjnhs

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  2. Cecília, o meu desejo constante é ir de encontro a esta sentimentalidade que você representa. Até mesmo as "arapucas" inevitáveis do destino se tornam amenas em tuas letras pensantes. Como não me emocionar?

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  3. Quando eu era menino fiz muita arapuca e matei muito passarinho. Só nao fiz xixi no crizeiro mas mesmo assim Deus me castigou haja vista as amizades que fiz agora na fase adulta: Heitor Gomes e Consolaro. Gostei e parabenizo-a pelo prefácio no belo livro do Antenor.

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    1. Ah, que legal que gostou. Estou louca pra ver e ler em forma de páginas de livro.! Sobre as arapucas, desde pequena que desarmo todas que encontrava... Já era doida como ainda hoje sou? risos*** Obrigada por sua sempre divertida e agradável visita oa blog!

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Que bom que quis comentar. Pode esperar que logo respondo. Obrigadinha.