quarta-feira, 8 de junho de 2011

CAMPAINHA



Movimento,
cataclismo,
urge a urgência de tudo.

- campainha -

Agitação,
miscelânea,
constipações, alergias,
razões de perder o dia.

- campainha -

Contenção reprime o ato
do súbito desistir.
Além do que é atraente
há outras efervescências,
alvoroços a cumprir:
condução que engole o tempo,
menino, marido, gato,
e esta pedra no sapato
de salto que o chefe exige...
Tantas as interferências!

- campainha -

Parar para almoçar,
adiar teus interesses,
enquanto o pêndulo oscila
avisando que é preciso
dilatar esses segundos
de espasmos convulsivos
para que caiba no mundo
espaço que seja teu.

E novamente inicias:
direção
- campainha -
retração
- campainha -
subversão...
(ah, meu Deus! a campainha).




CURIOSIDADES:

* Diferente dos que não têm freio, a maioria de nós dispõe de um alarme interno(?) (esta questão é uma curiosidade da autora, não uma curiosidade sobre a autoria).

* O poema Campainha está impresso no livro Instantâneos, subtítulo: Inssurreição, Massao Ohno Editor.

Um comentário:

Que bom que quis comentar. Pode esperar que logo respondo. Obrigadinha.