terça-feira, 24 de maio de 2011

INTUIÇÃO





Cismas, seivas,
cultivares,
sobressaltos…



Já te sabia corpo,
não divisava a silhueta.
Já pressentia a íris
e jamais vira a contração.
Intuía o sonoro do sorriso
sem que houvesse soado
o repique em meus bigorna e martelo.

Vinhos, versos;
singulares
os sinais.

Enfim o dia em que me deste
teu contorno, teu brilho
e o tilintar, na face cristalina,
de enigmas abissais.



CURIOSIDADES:

• O “Chat” em que eu e meus irmãos entrávamos para nos comunicar, por coincidência, ou simples ocorrência, era uma sala cheia de escritores escondidos sob seus respectivos apelidos (nicknames).

• É provável que naquela época a maioria dos frequentadores da internet fosse escritora ...

• Enfim, fazíamos desafios linguísticos vários.

• Desafiada a escrever um poema com as palavras: enigma, abissal e martelo, on line e ao vivo, desaguei em INTUIÇÃO.

• A “nicka” que propôs o desafio estava prestes a conhecer o “nicko” com quem trocava “teclas”.

* Poema do livro "Vinhos", subdivisão "Mélicos",ed. Nankin - permitida a reprodução desde que se lembrem de colocar: "autoria de Cecilia Ferreira"

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