terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dos objetivos e objetos


Devaneios podem criar caminhos possíveis para o querer; já o querer é obrigação, pura insistência em existir; e sonhos, numa palavra realista, são quaisquer objetivos que se queira alcançar.



Qualquer desejo poderá ser submetido a uma programação pessoal, racional ou emocional, controlada ou descontrolada, que poderá nos levar à nossa meta. Tudo na vida passa pelo estágio de ser um objetivo. E os há de toda sorte e qualidade: necessidade de sobrevivência, carências físicas, querenças carnais, ânsias mentais, sofreguidões materiais, ardências espirituais, vontades descartáveis.




Hoje satisfazer-se o mais rápido possível sobrepõe-se à escolha do melhor método.


Entenda-se por método "do bem" aquele que não prejudicaria terceiros, e por "do mal" o que não mediria consequências (Ui! Que me doerá a saudade do trema!).


Mimados e imediatistas somos a geração que mais tem acesso ao conforto, desde a criação do mundo, e a que mais alcança ganhos sem mérito.


Por absoluta falta de autoridade paterna (alguns chamam de preguiça), jovens de toda classe roubam, agridem autoridades (seja em salas de aula ou campos de futebol), arrastam e matam criancinhas, enquanto idosos, de vários países, partidos e credos, impunemente as devoram.




Mas... Esqueçamos os excessos; se deputados federais, preocupados em locupletar-se com dinheiro público na farra das viagens, não estão nem aí para a infância e juventude desviada, há quem, polemicamente, dê um grito de alerta.



O juiz Evandro Pelarin, de Fernandópolis, ao coibir menores infratores, e proteger outros tantos de agressões e abusos, com um simples toque de recolher, demonstra, no mínimo, que paternidade consciente seria antídoto suficiente para muitos problemas.




Nesses tempos autoamimados o perigo da lei do menor esforço é a facilidade com que o objetivo pode ser transformado em veleidade, inclusive filhos e amores. É o querer que, depois de adquirido, pode passar a ser coisa obsoleta, artigo de compra e venda, alvo conquistado rebaixado a não mais do que mero objeto do desejo de nossas vontades saciadas.



Curiosidades:

* Este antigo artigo, publicado na Folha da Região em 20/05/2009, tem qualquer coisa do outro que sairá no próximo domingo (30 de janeiro de 2012). A graça está no fato de que, algumas horas após ter enviado o novo artigo para o jornal, encontrei este, de quase 3 anos na net, por mero acaso.

* Espero que não seja prova de falta de assunto, mas sim de que mesmo estando disposta a trabalhar pela escrita na tentativa de mudar comportamentos e o meu pensamento, o mundo "ainda" não mudou.

Metabolismo












O médico me disse: "Seu metabolismo não funciona!".






Sei lá...






Se a meta for mesmo o bolismo, o trem vai de vento em popa!

O que soma assomará

"A virtude e o saber são o apanágio do homem íntegro e perfeito (...) O termo virtude designa a disposição constante e habitual do homem para a prática do bem"



Quantas pessoas você conhece que agem da forma descrita acima a ponto de escrever um livro que fale somente sobre as virtudes?



Almir Bodstein é exemplo deste tipo (em extinção?) de ser humano.

Força moral e erudição. Ah, Academia... Talvez ele não houvesse nascido ali. Não, não nasceu.. Sabe-se que nasceu em Cuiabá e se formou em Filosofia, Letras e Ciências. Mas o último lugar em que esteve por vontade própria antes de ir-se foi ali.

Existem dados. Na verdade, Almir Bodstein foi nascido no auge do Modernismo, 1922, mas em Cuiabá, longe da efervescência paulistana. Foi colaborador de jornais e revistas, poeta bissexto, autor de livros de gramática, crônicas, e de conduta de vida cristã. Lecionou português em variadas cidades e instituições Salesianas, e ainda latim e outras matérias "acidentalmente", como costumava dizer.

Deixou o Seminário da Imaculada Conceição em Cuiabá para afinal casar-se com a nossa Odette Costa e sentar-se um dia, ao lado dela, nas cadeiras da Araçatubense de Letras. E quem diria que ele não havia nascido ali, ali mesmo, naquela cadeira, próxima à janela, que ocupava quando Odette ainda era viva. Aquelas paredes, sala, mesa, cadeiras, enfim toda a Associação deveu-se (muito) à ela que ao casar-se tornou-se Bodstein.

Teria o ex-seminarista se apaixonado perdidamente por Odette? Teria Odette aguardado por aquele amor tardio? Único. Do cume dos 86 anos de Almir 48 foram vividos ao lado dela. Diz-se que não tiveram filhos, mas muitos foram os afilhados de um e de outro. Houve também os desvelados, entre eles Maria Aparecida dos Santos Rovani e Vanda de Souza Carvalho.

Com a ida do Professor esfacela-se o duo-pilar da Academia. Mas há que se construir um substitutivo para a argamassa e o cimento, a espessura e o lenimento da sinfonia que o casal ali compunha.

Desde a ausência da colunista pintou-se o prédio, mudou-se a sala, trocaram-se as cadeiras, entraram novos acadêmicos, e a presença do silêncio de Almir Jorge Bodstein dominando o ambiente trazia de volta nossa Odette.

Se a partida de uns é chegada de outros, a ida sem retorno não é adeus, pois afinal, todos sabemos: acadêmicos são imortais.

De qualquer forma, professor Almir, uma última palavra: a presença do seu absoluto silêncio forte e atento assombrará sem sobressaltos ou sustos a memória daquelas paredes e o sabor das saudades sempre nos assomará.

Curiosidades:

* Odette Costa e Almir Bodstein, ambos membros fundadores da Academia Araçatubense de Letras não tendo filhos deixaram sua genética expressa em letras.

* Odette Costa foi quem insistiu que eu escrevesse algo, preferencialmente um poema. Assim, o primeiro poema foi baseado na cidade de Araçatuba, que me acolhia como uma entre os seus.

* A crônica acima foi publicada na Folha da Região em 17/06/2009

domingo, 15 de janeiro de 2012

Telemobilizou-se?





O filme “Tudo Pelo Poder” retrata bastante bem o cenário em que a política as vezes se esconde.


Demonstra que há cadeias cujos criminosos, perto de certos políticos, em termos de sexo e corrupção são ficha pequena.


Ih... Você é só falava ao telefone depois que a ficha caia? Ou é do tempo do plugue? Não? Ah, tá, seu negócio é tablete e mobilidade, né?

Já esteve perto da décima primeira praga?

É uma doença endêmica que não mata. Os doentes circulam por aí, sem desejo de cura.

A longo prazo contagia incautos que querem parecer por fora aquilo que jamais serão por dentro.























O vírus é seletivo, ataca cérebros públicos (mas nem todos, graças ao bom Deus). A ganância replica feito câncer em células e apodrece tudo que é brio, ética e moralidade.

Bom... Nem Freud deu jeito e 2012 promete mesmice entre os “contagiadores” que um dia afirmaram ser vacina.

E, enquanto “politizam” os recursos do povo sem reinvesti-los, o cidadão continua lindo.

O Araçatubense segue sorrindo.

Indo, Agricultores vão dispondo verduras e frutos vitaminados por resistência aos que cospem na mão que os alimenta.


Empresários e importantes coadjuvantes trabalham para levantar lá fora a imagem deste país que se quer erguer aos olhos do mundo.

A gastronomia se aprimora na dedicação. O comércio se aplica arriscando economias (por vezes de toda uma vida) na tentativa de fazer crescer a cidade e atrair mais crescimento.

Nos lares pais e mães se ocupam e preocupam em educar filhos para o novo e ignorado porvir.

Poetas e escritores se fazem visionários idealistas insistindo em pregar estrelas na seda da vida, sem dar atenção ao tecido esgarçado pela voracidade de alguns.


Amigos da Seresta enfeitam sonoramente as vidas de quem quiser escutar.

Aurélio Rosalino e sua encantadora esposa Maria Rosa (cujo nome prenuncia o sobrenome adquirido) mantêm melodias no ar com incríveis e valorosos amigos, em praças, quintais, rádios. Eis a magia!

Nossa acadêmica em presidência, Cidinha Baracat, permanece admirável mantendo ideais sem perder ideias de acalentar a curiosidade intelectual e literária dos moradores e amigos “escreviventes”.

Manuela Trujilio e outros muitos cantadores e compositores, na insistência de nos garantir a seiva, cedem ao vento nas folhas, mas cada qual sabendo que eixo de Figueira não se abafa pela Raiz.

O melhor historiador literário destas noroesteantes paragens, Jorge Napoleão, se adianta garimpando e espadanando em habilidade e gentilezas ímpares a gente boa que habita e/ou fundou a “Velha Senhora”.


Em 1966 Elis Regina gravava: “Poetas, seresteiros, namorados, correi / É chegada a hora de escrever e cantar / Talvez as derradeiras noites de luar (...) / Os místicos profetizando em tudo o fim do mundo...”. Hoje o descaso da desmedida ambição política faz crer no tal fim que o mundo insiste.

Gil, que subiu e desistiu do que viu, cantou: “O que será do verso sem luar?” Bem cabe a metáfora para os desvios trilhados pela cidade, mesmo sem trilhos que a atravessem.

O Mundo não vai acabar em 2012, portanto é preciso que o cidadão tenha sabedoria para controlar pragas.

Para a Cidade Sol (criança em ambições e idosa na mágoa pela traição de escolhidos que não lhe foram gratos) é preciso que todo candidato entenda o desejo da comunidade: Muna-se de vergonha e coragem.


Enfrente o sistema.

Não se venda aos de mais poder, ou se submeta às forças movediças do populacho interesseiro.

Os verdadeiros cidadãos, os construtores de possibilidades, esses que põem as mãos na massa do pão, do tijolo, da terra, esses querem ampliadas as melodias das noites enluaradas, e as brisas suaves que merecem.

Querem tudo lindo, sorrindo, e indo pelo caminho do bem, feito canção e luz. Pelo ar. Plugou? Desculpe: Telemobilizou-se?

Desejo que... (2)

Desejo que seus dias sejam plenos dos sabores dos frutos no outono, odores das mais floridas primavera, sopros quentes conquistando as liberdades do veräo, e dos calores das lareiras acesas em salas no aconchego do inverno.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Camarões e Lulas



Pescadores da região de Araçatuba foram autuados por usar iscas de camarão... Que sorte têm outros... As iscas feitas de Lula ninguem nota...

(obs: notem que a isca posiciona-se à esquerda das apropriadas palavras)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

domingo, 25 de dezembro de 2011

Julgamento



Aquele que gosta de julgar o outro de acordo com a própria realidade vai ficar muito longe da verdade.

Uma verdade, duas intenções



A mesma verdade posta em palavras por um adulto e uma criança não é diferente
na sabedoria que possa haver em um, mas na ausência da intenção de ferir que ainda habita a curiosidade do outro.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pra você o meu melhor desejo...

... quanto a Ele, Esse que reina entre nós, que renasça para os corações mais necessitados na amplitude do seu Amor e Honestidade; e não pereça jamais entre os que hoje O amam e n'Ele creem!
...e, você que até aqui chegou, leve o meu abraço de Natal mais doce, porque pleno da alegria do nascimento d'Aquele que veio para nos salvar de nós mesmos: Cristo.